...Nem tão longe que eu não possa ver Nem tão perto que eu não possa tocar Nem tão longe que eu não possa crer que um dia eu chego lá Nem tão perto que eu possa acreditar que o dia já chegou...

sábado, 18 de setembro de 2010

As vezes penso que deveríamos acreditar mais




Acreditar mais nas pessoas
Acreditar em dias melhores
Acreditar em desejos realizados e sonhos concretizados
Acreditar no amor
Acreditar que essa dor um dia passa
E que um belo arco-íris está por vir.

Que depois da tempestade existe um Sol
E que aquela pessoa na qual você pensa também está pensando em você
Que aquelas promessas feitas naquela madrugada são verdadeira
E que o telefone vai tocar agora
E vai ser ele!

Que todos reconhecerão seu esforço no trabalho
E que será recompensado por isso.
Que você é a pessoa mais feliz do mundo
E que a maldade é só uma história daquelas de bruxa má
E que você será salva pelo príncipe encantado na próxima página,
E viveram felizes para sempre.

Mas viver é um desafio
Do qual enfrentamos dia-a-dia
Como já dizia uma amiga
Você deve enfrentar seu exercito diário.

E assim a vida passa, as pessoas passam
E aprendemos a viver nesse mundo nada fácil
Onde bruxas e princesas buscam a felicidade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quando você engana alguém, está enganando a si mesmo!


[Navegando pela internet me deparei com este texto, diz muito sobre o que tenho pensado...]

Você está tentando enganar a quem?!?
Rosana Braga

Era a terceira vez que ela me ligava em menos de 10 dias. Até aí, poderia ser ótimo, já que gosto tanto dela... O problema é que ligava sempre aos prantos, extremamente ressentida por causa de certas atitudes que ele havia tomado pela enésima vez.

Cada vez se tornava mais difícil ouvi-la, especialmente porque não conseguia compreender o que a levava a se indignar com algo que me parecia tão repetente e até corriqueiro, de certa forma. Afinal, desde que ela me conta sobre ele e seu jeito de ser, sempre foi assim; nada mudou. Portanto, ela se surpreendia com o óbvio e previsível.

Como sei que esses nós que o coração dá de vez em quando são dolorosos de se desatar, tentava mostrar a ela o quanto ela estava insistindo numa relação que não prometia as tais mudanças que ela tanto desejava. Por mais que ela acredite que o ama, é nítido que, na verdade, ela o idealiza.

Ou seja, ela não ama este homem que se mostra a ela do jeito que é. Ela ama um outro, inventado por seus próprios desejos e anseios. Ela deseja se relacionar com uma outra alma e tenta modelar a dele porque tem medo de se dispor a buscar uma nova relação... Assim, já se passaram mais de 4 anos... e ela continua se maltratando por não conseguir transformá-lo no homem que ela gostaria que ele fosse. Ele é quem sempre foi (pelo menos com ela, ele é assim!) e parece que só ela não percebe.

Daí me lembrei de um trecho de um diálogo fantástico entre o rei e o principezinho, do clássico O Pequeno Príncipe, de Saint Exupéry:
- Se eu ordenasse ao meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se em gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem – ele ou eu – estaria errado?
- Vós, respondeu com firmeza o principezinho.
- Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei.

E fiquei me perguntando: a quem será que ela está tentando enganar? A mim ou a ela mesma?!? Sim, porque ninguém, absolutamente ninguém, fica numa situação em que não está ganhando nada. Nem que este ganho seja, antes, uma enorme perda.

Então, que seja o papel de abandonada ou o de boazinha; que seja o de mulher que ama sob qualquer condição, tentando obter o lugar de mártir... ou que seja a necessidade de conseguir a atenção das pessoas e, de quebra, não precisar trocar a tão conhecida dor pela possibilidade de experimentar uma nova tentativa de amor, o fato é que ela já deveria ter se dado conta de que só está nesta posição porque quer, porque escolhe, dia após dia, ligação após ligação, reclamação após reclamação, continuar exatamente como e onde está!

Fácil sair?!? De forma alguma! Mas humanamente possível - e sobretudo admirável - quem escolhe a vida, o amor e a coragem, reconhecendo que o outro é como decide ser e cada um de nós fica onde resolver ficar. Continuar somando frustrações por conta das escolhas e atitudes do outro é infantil, é cansativo para quem olha, irritante para quem ouve e sem graça para quem vive. É desperdício, triste e inaceitável desperdício de inteligência.

Por essas e outras, eu tomo aqui a minha decisão. Gosto dela e por isso a escuto. Já cansei de argumentar e abraço a verdade. Isto é: enquanto ela mesma não virar a página e não escolher, finalmente, a si mesma... vai continuar tentando se enganar. A mim, não engana mais.

Desejo, então, do fundo de minha alma, que ela resolva, dia desses, olhar para si mesma, diante do espelho, e dizer: "Menina, acordei! Tenho muita vida pela frente; chega de acreditar que o outro é a razão de minha existência. Ninguém é, além de mim mesma! A partir de agora, compreendo que alguns desejos meus não são os mesmos desejos do outro. Ou eu fico e aceito como é; ou eu pego meu chapéu e parto em busca de meus sonhos"...

E que assim seja para todos aqueles que tiverem coragem de se perguntar a quem estão tentando enganar! Porque senão, meus queridos, a vida acaba e tudo realmente não terá passado de um grande engano!

=)